segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

Frank Laubach

Uma prisão ou uma masmorra não faz diferença se estamos com Deus. Pregamos e reconhecemos isso como verdade, e é verdade, mas, palavra de honra, não vejo que muitas pessoas parecem ter tido esse tipo de experiência.- Frank Laubach em "Praticando a presença de Deus"

Díário Frank Laubach




Será possível termos aquele contacto com Deus o tempo inteiro? Durante o tempo todo em que estamos acordados, e depois dormir nos braços dEle, e novamente acordar na Sua presença? Somos capazes de alcançar isso? Somos capazes de fazer a vontade dEle o tempo todo? Somos capazes de pensar como Ele o tempo todo?...Será que sou capaz de trazer o Senhor á minha memória em pequenos intervalos, de tal maneira que Deus esteja no meu pensamento? Escolhi fazer do resto da minha vida uma experiência em resposta a esta questão. Frank Laubach


Diário de Frank Laubach



26 DE JANEIRO DE 1930 – Estou a sentir Deus a cada movimento, por um acto de vontade – desejando que Ele dirija estes dedos que agora escrevem através desta máquina de escrever – com o anseio de que Ele se manifeste através dos meus passos enquanto ando.



1 DE MARÇO DE 1930 – A sensação de estar a ser conduzido por uma mão invisível que segura a minha, enquanto a outra mão se estende adiante e prepara o caminho, cresce em mim a cada dia…Isso ás vezes requer um longo período da manhã. Determino não me levantar da minha cama até que esteja de acordo com aquele posicionamento mental a respeito de Deus.



18 DE ABRIL DE 1930 – Tenho experimentado uma emocionante comunhão com Deus, a qual tem feito com que eu sinta aversão a tudo o que não esteja de acordo com Ele. Durante esta tarde, a presença de Deus surpreendeu-me com a mais absoluta alegria, a ponto de pensar que nunca conheci nada igual. Deus estava tão próximo e tão maravilhosamente amável, que me senti completamente derretido, com uma felicidade e uma satisfação nunca dantes experimentadas. Após esta experiência, que agora me sobrevém várias vezes durante a semana, a imundícia causa-me repulsa, porque conheço o poder que ela possui para me arrastar para longe da presença de Deus. E após uma hora de intima comunhão com Deus, a minha alma se sente limpa, como a neve que acabou de cair.



14 DE MAIO DE 1930 – Oh, este hábito de manter-me em constante contacto com Deus, de fazer dEle o objecto do meu pensamento e o Companheiro das minhas conversas é a coisa mais extraordinária que já experimentei. E está a funcionar. Não posso fazê-lo nem mesmo por meio-dia – ainda não, creio que em breve o farei durante o dia todo. É uma questão de adquirir um novo modo de pensar.



24 DE MAIO DE 1930 – Manter-me concentrado em Deus é um trabalho árduo, mas todas as demais coisas também deixaram de ser tão difíceis. Agora penso mais claramente, e não me esqueço das coisas com tanta frequência. Coisas que eu outrora fazia e me deixavam extenuadas, agora faço-as com facilidade e sem qualquer esforço. Nada mais me preocupa, e não perco mais o sono. Durante uma boa parte do meu tempo, sinto-me a andar no ar. Até mesmo o espelho revela uma nova luz nos meus olhos e na minha face. Não me sinto mais ansioso por coisa alguma. Tudo vai bem. Encontro-me calmo a cada minuto, como se cada minuto não fosse importante. Nada pode dar errado excepto uma coisa. É que Deus pode escapar da minha mente.



1 DE JUNHO DE 1930 – Ah, Deus, que nova proximidade isso traz para Ti e para mim, estar consciente de que Tu Sozinho és capaz de me compreender, porque Tu somente conheces todas as coisas! Não és mais um Estranho, Deus! És o único Ser no universo que pode ser completamente conhecido! Estás dentro de todo o meu ser – comigo, aqui…Significa que nenhuma luta esta noite ou amanhã, como nunca houve, nem uma vez, seria capaz de Te afastar. Porque quando Te perco por uma hora, sofro uma perda. Aquilo que Tu farias, só poderia ser feito estando Tu no controle o tempo todo.



A segunda-feira passada foi o dia mais bem-sucedido de toda a minha vida. Consagrei todo o meu dia a fazer uma completa entrega a Deus…Lembro-me de como olhava paras as pessoas com um amor dado por Deus, e em resposta as pessoas olhavam-me e agiam como se me quisessem seguir. Pude então sentir que por um dia vi um pouco do maravilhoso impulso que Jesus possuía, quando andava dia após dia “inebriado da presença de Deus”, e radiante com a comunhão interminável da Sua Alma com Deus.

Um comentário:

Tamara e Diego disse...

se ouvesse algo mais iportante em nossas vidas que pudece expressar a presença de deus com certesa buscariamos com todo o nosso ser para que pudessemos alcançar a plenitude do seu amor e presença em nossas vidas